APERTE PLAY E SEJA BEM VINDO (A)!

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Grafite


Eu vou viver
A minha vida vou curtir
O meu tempo vou aproveitar
Da solidão vou fugir
Vou sorrir
Vou cantar
Aos ventos vou gritar
Que nada me vai derrubar
Ao topo da montanha vou subir
E vou dizer bem alto para que todos possam ouvir
Amo a minha liberdade
Anseio pela plena felicidade
Que muitos me querem atribuir
Mas que só ele foi capaz de a constituir
Nos mares vou nadar
As marés vou enfrentar
Tudo isso eu faria para te puder avistar
Não me vou lamentar
Por já não estares presente
Guardar-te-ei para mim somente
E sei que irei encontar
Alguém capaz de me amar
Mas dificilmente conseguirei
Amar alguém como te amei...

Ouvir Estrelas


Ouvir Estrelas

Ora ( direis ) ouvir estrelas!
Certo, perdeste o senso!
E eu vos direi, no entanto
Que, para ouví-las,
muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas?
Que sentido tem o que dizem,
quando estão contigo? "

E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas

Soneto da Fidelidade


Soneto da Fidelidade (Vinícius de Morais)

E tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meus pensamentos
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Kings of Convenience sing "24-25"

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

NATAL



Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!

Coloque no coração laços de cetim rosa,
amarelo, azul, carmim,
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante

Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho,
ternura,
reconciliação,
perdão!

Tem presente de montão no estoque do nosso coração e não custa um tostão!

A hora é agora! Enfeite seu interior! Sejas diferente! Sejas reluzente!

sábado, 12 de dezembro de 2009

PÁSSARO


PÁSSARO

Meu passarinho, de penas amarelas,
Que cantas como nenhum outro,
Quem foi que te levou o canto com elas,
E te deixou nesse ócio, quase morto?

Não mais à minha mão vieste comer,
Já não pousas no meu dedo em riste…
Oh, meu passarinho, que posso eu fazer,
Para que não andes assim tão triste?

Fosse madrugada, luz acesa, teu canto
Era singular… e não havia outro igual…
Diz-me o porquê desse teu pranto
E quem foi que te roubou o canto afinal?

Como um mal nunca vem só prendeste
A patinha, na seda que revestia a gaiola…
Não imagino o quanto tu sofreste,
Tentando fugir da armadilha que te estiola.

A muda da pena está feita, está na hora,
Passarinho, de nos alegrares a todos…
É que, passarinho, não me vou daqui embora,
Até que nos cantes cantigas a rodos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aquecimento Global



Aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e há possibilidade da sua continuação durante o corrente século. O fenômeno se manifesta como um problema na temperatura sobre as áreas populosas do Hemisfério Norte, entre Círculo Polar Ártico e Trópico de Câncer. O clima marítimo do Hemisfério Sul é mais estável; embora o aumento do nível médio do mar também o atinge. O clima marítimo depende da temperatura dos oceanos nos Trópicos; e este está em equilíbrio com a velocidade de evaporação da água, com a radiação solar que atinge a Terra e o Efeito Estufa (Albedo).

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

livros

BORRALHEIRA

CORAÇÃO



"MEIGA DAMA"

Arco-íris irradia as seis cores do teu nome,

Manhã envolta pelo meu coração apaixonado.

A nascente pincela o azul,

Rio de minha alma que te ama desesperadamente.

Luar dos seus meigos amendoados olhos,

Um carisma angelical,

Colar amoroso de tua boca perolada,

Inunda minha alma de amor.

Luz incandescente de tua afável alma,

Amor de cintilar rosáceo eterno.

Fascinante o seu caráter ímpar,

Obra artística genuína,

Rara jóia és tu doce mulher,

Encantador charme de rainha.

Versos afetivos teu aveludado coração,

Embebida de romantismo,

Rima preciosa de amor.

JOÃO GUIMARÃES ROSA




Pág-72
Riquesa

Veio ao meu quarto um besouro
de asas verdes e ouro,
e fez do meu quarto uma joalharia...

Distância sentimental

Mesmo ao sonhar contigo,
só consigo que me ames noutro sonho
dentro do meu sonho primitivo...

Pudor estóico

Acuado entre brasas
um escorpião volve o dardo
e faz o hara-kiri...

Encorajmento

Meu corre a ti com velas enfunadas...
Podes dar-lhe um porto, sem nenhum receio:
ele não traz âncora...


Pág-73
Medo da felicidade

Estremecemos juntos...
Que Potêcia má será a soberana
desse vento frio que passou?...

Mal-entendido

Na boda de um camarão com uma lagosta,
levantaram um brinde ao transatlântico
que passou por cima para os cumprimentar...


Pág-74
Definição

O cigarro de fumaça impalpável e brasa colorida,
que se afunda a si mesmo num cinzeiro,
será um poeta?...

Epigrama

Ó lua cheia,
ocular de um longo telescópio branco
que devassa o pais dos amores platônicos...

o segredo dos escritores



Quem é o escritor? Que é seu ofício? Qual a sua gênese? Onde e como detectar-lhe as vivências? O que vem a ser o processo de criação?

Com as perguntas acima, a contista, romancista, dramaturga, autora de livros infanto-juvenis e tradutora Edla van Steen introduz a obra Viver & Escrever, publicada originalmnete em 1981 pela L&PM Editores e reeditada em 2008 em formato pocket, também pela L&PM.

Dividido em três volumes, Viver & Escrever traz 39 depoimentos de alguns dos maiores escritores brasileiros - uns ainda vivos e em atividade, outros já falecidos. As entrevistas foram feitas na década de 1970 e início dos anos 1980, sendo que "os encontros demoraram às vezes várias horas, dias inteiros", como conta a autora ainda na introdução.

Para quem gosta de ler e também de conhecer um pouco mais sobre o trabalho de quem escreve, a obra é uma preciosidade. No primeiro volume, por exemplo, estão entrevistas com nomes como Mario Quintana, Orígenes Lessa, Nélida Piñon, Dias Gomes, Jorge Amado e Menotti Del Picchia, entre outros.

Nos volumes seguintes, desfilam nomes como João Cabral de Melo Neto, Raduan Nassar, Fernando Sabino, Marcos Rey, Nelson Rodrigues, Lygia Fagundes Telles e Moacyr Scliar.

Ou seja: uma excelente opção para quem quer conhecer o "outro lado" dos livros.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

BEIJO



o beijo

O primeiro beijo é o começo daquela vibração mágica
que transporta os amantes do mundo das coisas e dos seres
para o mundo dos sonhos e das revelações
~ Gibran Kahlil Gibran ~

As almas se encontram nos lábios dos enamorados
Percy Bysshe Shelley (1792-1822)

domingo, 6 de dezembro de 2009

são teus olhos



Poema são teus olhos
Espelhos de minha alma
Olhar terno e profundo
Dentre as belezas do mundo
Teu olhar me acalma....
Estrela que brilha enfim
Olhar meigo e sincero
Meu amor tudo o que quero
São teus olhos para mim...
Castanhos por natureza
Amendoados brilhantes
Parecem dois diamantes
Fascínio, rara beleza...
Orquídeas do meu jardim
Néctar da mais bela flor
Poema são os teus olhos
Espelhos do meu amor...

novo cd ROSA DE SARON: "HORIZONTE DISTANTE"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O ALIENISTA



O Alienista é uma célebre obra literária do escritor brasileiro Machado de Assis. Para alguns especialistas, trata-se de uma novela, outros o consideram um conto. A maioria dos críticos porém, considera a obra um conto mais longo, por causa da sua estrutura narrativa.

Publicado em 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos, havia sido publicado previamente em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882. É a base para o tipo de conto brasileiro que viria a seguir, assim como peça fundamental do Realismo. Para muitos, é considerado como o primeiro romance brasileiro do movimento realista. Uma frase dita por Machado de Assis: "Se você não é um homem, então, não têm palavras o suficiente para falar a respeito de outros homens..."

MANUELZÃO


Manuelzão (Dom Silvério, 6 de junho de 1904 — Andrequicé, distrito de Três Marias, 5 de maio de 1997) foi um personagem literário criado por João Guimarães Rosa, baseado no vaqueiro Manuel, que conviveu com o escritor. Manuelzão aparece no volume Manuelzão e Minguilim, uma das partes da obra Corpo de Baile.
[editar] Vida

Nascido na Zona da Mata Mineira, Manuelzão ficou órfão de pai quando criança e também foi cedo que fugiu de casa. Seu primeiro emprego foi como cozinheiro de tropa, fazendo com que adquirisse largo conhecimento do sertão mineiro. Famoso por sua simplicidade, sabedoria e respeito à natureza, Manuel tornou-se figura conhecida no interior de Minas Gerais mesmo depois de aposentado da profissão de vaqueiro.

Em 1952, ele conheceu o escritor João Guimarães Rosa perto do rio São Francisco, então já consagrado pelo livro Sagarana. Na ocasião, Manuel era capataz das boiadas do fazendeiro Chico Moreira, primo de Guimarães Rosa, e serviu-lhe como guia pelo sertão adentro, para que o escritor anotasse histórias. O fruto desse encontro foram dois importantes livros: Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile, esse último dividido atualmente em três partes - Noites do Sertão, Manuelzão e Minguilim e No Urubuquaquá, no Pinhém.

Manuelzão morreu em 1997, aos 92 anos, vítima de uma embolia cerebral. No centro de Andrequicé, lugar onde passou os últimos 20 anos de sua vida, foi erguido um memorial em sua homenagem, com fotos, utensílios, a coleção de canivetes e a sela usada por ele. Também pode ser encontrado um mural bordado que representa a festa de inauguração da capela, construída por Manuel para sua mãe.

As sem-razões do amor




As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade